Mais uma vez, visionei outro filme candidato aos Óscares, particularmente para Melhor Actriz na pessoa de Meryl Streep, grande senhora das artes!
Quanto à estatueta, acho que vai ser muito renhido com Kate Winslet, que é candidata pelo seu papel em O Leitor. Àparte o filme O Leitor querer fazer a passagem de testemunho entre o regime nazi e os sucessivos regimes Israelitas, àparte isso, acho que Kate Winslet merece o Óscar.
Mas não é esse o principal motivo que me leva a escrever esta crónica... esse motivo é o facto de que A Dúvida está muito bem conseguido, do ponto de vista psicanalítico. Nesta perspectiva, a dúvida relaciona-se com a dificuldade de escolha de objecto, podendo apontar, portanto, para uma escolha de objecto homosexual. Trata-se de dúvidas homosexuais.
No filme, fica a dúvida de se o padre realmente assediou e envolveu-se sexulamente com um dos acólitos. Neste contexto da igreja, a homosexualidade, a meu ver, aproximar-se-à da homosexualidade passiva que é característica nas prisões, que está bastante relacionada com relações de poder. Talvez o facto de Jesus Cristo ser muito vez representado como um menino e haver sentimentos de imprisionamento pela fé religiosa, ajude a explicar estas relações de poder. Mas, trata-se todavia de homosexualidade... masculina, neste caso. E o filme acaba com a austera Irmã, representada por Meryl Streep, a quebrar, a chorar, confidenciando a uma Irmã mais nova que tinha dúvidas, tinha muitas dúvidas. Simbolicamente, psicanaliticamente, estamos perante a homosexualidade feminina.
Portanto, o filme aborda tanto a homosexulaidade masculina como a feminina.
E, digo mais uma vez, está bem conseguido!
Visionei hoje o filme o Leitor... e acho vergonhoso que Hollywood sancione o que os Israelitas estão, e têm vindo, a fazer há muito tempo com os Palestinianos.
O filme começa com uma história de amor entre um jovem e uma mulher mais velha. Há várias cenas de nudez, e de sexo explícito, o que estava enquadrado com a história.
Mas depois percebemos que o sentido da história é outro, e que essas cenas de sexo não eram mais do que o sexualizar histericamente, na linha Capitalista e Imperialista, os acontecimentos do Holocausto, da Segunda Guerra Mundial, pretendo absolver os nazis, em parte, mas principalmente, absolver o que os Israelitas têm vindo a fazer com os Palestinianos ao longo de décadas, de que é exemplo as ocupações imperialistas e criminosas, e o Genocídio do povo Palestiniano. Isso é exemplificado pelo facto que a judia, que tinha estado dentro da igreja, não aceita o dinheiro de Hanna, símbolo de que os judeus não precisam de dinheiro de outrém, e símbolo do poder judaico nos Estados Unidos, mas aceita a caixa, a lata de chá, do dinheiro, caixa essa que simboliza, psicanaliticamente, a vagina, o que será símbolo do matriarcado capitalista, imperialista, e símbolo de união entre Estados Unidos e Israel. Esta aceitação da caixa é uma passagem de testemunho, sancionada, apoiada, por Hollywood, entre o que os Nazis fizeram e o que os Israelitas têm feito com os Palestinianos!
Vergonha, meus senhores!
De princípio, e em geral, o filme O Estranho Caso de Benjamim Button foi tal, que o meu voto para Melhor Filme, para ganhar o Óscar, iria para o mesmo.
Bem analisado, e em última instância, remete para a senda do conhecimento do ser humano, a saber a questão dos buracos negros e o facto do Universo parecer-nos na sua maior parte preto, e a descoberta do mesmo. Mais superficialmente, remete-nos para os encontros e desencontros de uma história de amor.
Aquela questão do Universo e da senda do conhecimento parecerá muito rebuscado para alguns. Mas atentem na relação entre o tempo meteorológico, através do furacão, que está presente no filme, e o tempo cronológico, factor que atravessa todo o filme. Isto só fará sentido para quem tiver noções da língua portuguesa ou (?) espanhola, já que os dois tipos de tempo designam-se, nessas línguas, da mesma forma, por tempo. Ora, em inglês, há o weather e há o time... ora atente-se que o pai adoptivo de Benjamim Button chamava-se Mr. Weathers e era negro.
Nas interrelações do filme, é como que o Pai Tempo, representado biunivocamente pelo Mr. Weathers, representasse a investigação do ser humano do Universo.
Ora, no filme, a água advinda do furacão, que representa a água da excitação sexual feminina, neste caso do Capitalismo, pára, ou vai parar o relógio ( o filme pára antes que o relógio par - não se sabe se parará ), que anda ao contrário, e que está , por sua vez, associado às características de envelhecimento e de rejuvenescimento de Benjamim Button. Atente-se que este acaba por morrer.
O que isso transmite, politicamente, é o Capitalismo parar, ou acabar com, o Homem-Novo.
É nesse sentido, que o Homem-Novo, ou o homem progressista, ficará desiludido com este filme.
E eu fiquei.
Apesar de ter os aspectos positivos de que, para continuarmos a senda do conhecimento pelo Universo, deveremos ter mentalidade anti-racista, contra qualquer descriminação, mas particularmente, contra a descriminação em relação aos negros. Isto no sentido de libertarmo-nos psiquicamente, catarticamente, em termos de mentalidade, para melhor investigarmos os buracos negros e o Universo, na sua escuridão.
Em resumo, fiquei desiludido, e nesse sentido não ganha o meu voto para Melhor Filme.
Esse voto vai para Slumdog Millionaire, ou Quem Quer Ser Bilionário?, que é, isso sim, um filme anti-imperialista, anti-colonialista.
Num aparte, e em relação ao filme Milk, devo dizer que é um bom filme, que por comparação com o Quem Quer Ser Bilionário? não merece ser considerado o melhor filme, mas... merece com que Sean Penn, protagonista de Milk, ganhe o Óscar de Melhor Actor.
E tenho dito!
. Hollywood devia ter vergo...
. Desilusão do Homem-Novo c...